A microcistina, especialmente a variante LR, é uma toxina produzida por algumas espécies do gênero Microcystis, um tipo de cianobactéria comumente conhecida como alga tóxica. Essa toxina, que tem caráter hepatotóxico, é formada por compostos peptídicos cíclicos que incluem aminoácidos específicos e pode ter efeitos negativos graves na saúde humana e animal, incluindo doenças hepáticas e neurológicas.
Fontes da microcistina
A microcistina, especialmente a variante microcistina LR, é comumente encontrada em corpos de água doce, como lagos e rios, e pode contaminar a cadeia alimentar através da ingestão de peixes e outros organismos aquáticos. Esta toxina, uma das principais cianotoxinas produzidas pelo fitoplâncton, representa um contaminante relevante para a qualidade da água potável. A avaliação da presença de microcistina em amostras de água potável é fundamental para garantir a segurança no consumo e prevenir riscos à saúde pública.
Efeitos na saúde
Os efeitos a curto prazo da exposição à microcistina, cuja síntese está relacionada com a atividade de certas cepas de cianobactérias, incluem náuseas, vômitos, diarreia e dores de cabeça. A toxicidade desta toxina pode causar, a longo prazo, danos hepáticos e neurológicos, e tem sido associada a um maior risco de câncer de fígado.
Além disso, a microcistina também pode afetar negativamente os sistemas reprodutivo e nervoso dos seres humanos, e foi comprovado que é tóxica para muitas espécies de peixes e outros animais aquáticos em contato com essas águas contaminadas, evidenciando a capacidade dessa toxina de afetar diversos organismos.
Prevenção e controle da microcistina
Para prevenir a exposição à microcistina, é importante evitar a ingestão de peixes e outros organismos aquáticos de águas contaminadas e garantir que a água potável esteja em conformidade com os níveis estabelecidos nas diretrizes e na legislação vigente.
As autoridades sanitárias e de proteção ambiental podem tomar medidas para controlar a proliferação de cianobactérias em corpos d’água, incluindo a regulação da quantidade de nutrientes na água e a implementação de programas de monitoramento, análise e controle da qualidade da água por meio de métodos e testes específicos que forneçam informações confiáveis.
Conclusão
A microcistina é uma toxina produzida por algas tóxicas que pode ter graves consequências para a saúde humana e animal. É importante tomar medidas para prevenir a exposição a essa toxina através da ingestão de alimentos e água potável contaminados.
As autoridades sanitárias e de proteção ambiental têm um papel fundamental no controle da proliferação de cianobactérias e na prevenção da contaminação por microcistina em corpos d’água.
